Somos, a cada segundo do nosso dia, influenciados a algo, seja na televisão, através do consumo de outras pessoas ou, o mais comum atualmente, pela redes sociais.
Essa indução sempre existiu e exerce seu papel de forma extremamente eficiente desde que o mundo é mundo, entretanto, hoje eu queria te convidar a pensar do outro lado. De quando somos nos a influenciar alguém (ou dezenas de pessoas).
Não estou falando especificamente de "influencers", que é um trabalho sendo executado, mas sim das pequenas influencias que exercemos diariamente na vida das pessoas ao nosso redor. Amigos, parentes ou principalmente filhos são arrastados pelas nossas escolhas e como a evidenciamos nesse mundo.
Nossas escolhas alimentares, roupas, acessórios ou modo de vida são estampados em outdoor para as pessoas próximos e inevitavelmente as induzimos a fazer igual ou repelir totalmente essa atitude. Como as pessoas tendem a ser mais gentis próximo a pessoas que são gentis com outras (sejam do círculo social ou trabalhadores que as atendem).
Então voltei meu olhar curioso para o aprendizado e o que mais tenho observado é o quanto pequenas decisões, como iniciar a faculdade dos sonhos aos 40 ou aprender um idioma novo mesmo quando já é adulto acaba diretamente influenciando pessoas com idades ou vidas parecidas a se permitirem vivenciar isso também.
Durante muitos anos as escolas de idiomas, assim como as faculdades, eram lugares destinados a adolescentes e jovens, assim como a estrutura e grades de ensino eram planejadas única e exclusivamente para esse publico. Pessoas que estavam iniciando a vida. Em contra partida, os experientes, aqueles que muitas vezes apesar de sonharem, não puderam estudar quando jovens, eram expelidos desses lugares.
Mas a onda de mudança que tem se apresentado e crescido vertiginosamente nesses últimos anos vem acolhendo essas pessoas mais velhas e os incluindo no contexto de aprendiz. Permitindo que ele possa tirar as costas o peso de ensinar apenas por ser mais velho e possa aprender, mesmo que o professor tenha décadas a menos que ele.
Entretanto, o mais intrigante de tudo isso e o que deveras me anima é como esse movimento tem ganhado força exatamente pelo motivo que tratamos inicialmente nesse artigo: o poder da influencia.
Quando vemos uma mãe adaptando sua rotina corrida para poder estar em uma aula de idiomas ou em um curso universitário somos impelidos a desejar também aprimorar nossos conhecimentos. Somos envolvidos pela bolha de uma indução, que nos impulsiona e nos permite enxergar quê também podemos. Que o inglês que foi tortuoso e desafiador há 20 anos atrás, pode se mostrar menos assustador agora que a experiência de vida nos permite absorver melhor os ensinamentos.
Então, como uma pequena peça de dominó que ao cair derruba as demais, nossos pequenos passos para alcançar sonhos que pareciam soterrados no passado, de aprender um novo idioma, também podem impulsionar alguém a se desafiar e começar algo novo.
Afinal:
“ A palavra ensina, mas o exemplo, ele arrasta!”
Comments