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Do ‘Oh Là Là’ ao ‘Oh Mon Dieu’: Diário de uma fluência em francês que agora sabe pedir ‘Café Au Lait’!

Foto do escritor: Lúrian Maria Gonçalves CoelhoLúrian Maria Gonçalves Coelho

Eu tive um diário na infância e sempre gostei de escrever, então decidi que vou registrar minha evolução, compartilhar algumas histórias e publicar os pensamentos que tive durante este tempo (tem uma história engraçada sobre a palavra pensamento no final do artigo).

Mulher escrevendo no diário

Como tudo começou?


Quatro meses atrás comecei um processo para acelerar minha fluência no francês, e o motivo era simples: me comunicar com as pessoas que são importantes para meu companheiro. Pra quem vai começar a me acompanhar, e quem já está na mesma jornada comigo, a piada do título é real: hoje consigo entender algumas pegadinhas do francês e saber que o correto é dizer “café au lait”, e não “café avec lait”, já que é normal fazer a tradução literal do “com” do português com o “avec” no francês. Inclusive, é uma das maneiras que os franceses identificam nativos ou não, porque mesmo sabendo o idioma, ainda é normal usar o “avec” nas frases.


Com o inglês, eu diria que temos referências de forma mais natural, inclusive temos casos de pessoas não falantes da língua que sabem algumas palavras, até aqueles que usam o famoso “eu entendo, mas não falo”.


No caso do francês e de outros idiomas, temos a desvantagem de falta de vocabulário, a pronúncia diferenciada, e claro, a gramática que é o terror da maioria (eu devo confessar que gosto 😆).


Não saber nada, nem o básico, é o normal, assim como números, cores e a identificar sujeitos. Quem lembra do verbo TO BE? No francês, aprendemos o verbo ÊTRE, que já na escrita encontramos as primeiras diferenças.


Adquirir a fluência em outro idioma'


Começar a aprender uma nova língua, uma segunda no meu caso, é tão difícil quanto a primeira, mas com outros tipos de desafios. Deveria ser mais fácil, e na verdade é, mas é neste momento que nós somos o nosso próprio inimigo (a). As desculpas são as mesmas, e já conhecemos: encaixar na rotina que por muitas vezes é lotada, colocar prioridades, estar presente e focado (a), etc.


Na primeira vez, eu diria que também existe a vergonha, o medo do desconhecido, o sentimento de incapacidade, o “nunca vou chegar lá”. Mas e quais seriam os motivos quando começamos o segundo idioma, o terceiro, até quem sabe o nível poliglota?


Eu penso que ainda são os mesmos, mas eu acrescentaria também a preguiça e a ansiedade.

A preguiça existe porque já sabemos o que devemos fazer, o caminho até a tal da fluência, mas lembramos do tempo que foi investido (alguns trocariam esta palavra pelo que foi gasto/perdido) com o primeiro idioma.


E a ansiedade, porque neste mundo acelerado, queremos tudo com muita velocidade, sem tempo de esperar, com prazo para ontem. Preciso de 12 meses para aprender? Desculpa, não tenho este tempo.


Ao contrário da primeira língua, que é a nativa e materna, as adicionais são aprendidas de forma consciente e intencional, em um aprendizado que vai levar tempo e ter um processo diferente. Com isso, uma das saídas é inventar desculpas, interromper inúmeras vezes até a desistência. Mas existe outra saída, e esta precisa ser lembrada, que é a de perserverar, insistir, até chegar o momento que vai finalizar e sentir orgulho de si mesmo (a). É aquela frase, inventamos mil desculpas antes de ir à academia, mas depois que vamos, nunca nos arrependemos. Vou inclusive deixar aqui as palavras em francês aqui (apenas as positivas, porque o negativo já foi definido que não existirá):  persévérer, insister et finir, vous serez fiers de vous!


Cartas para você mesmo (a)


E como forma de manter esta jornada ativa, montei um resumo de fatos que quero lembrar, e pretendo atualizar mês a mês. Gosto de pensar como um mural de visualização, onde contar e ver a história nos ajuda a acompanhar nossos resultados e alcançar nossos sonhos. Topa fazer um comigo?


A batalha com…?


  • Lembrar palavras que não uso no cotidiano, e ter que perguntar mil vezes como se fala tudo, como o tapetinho de cachorro. Por falar nisso, é “niche“ ou “panier”; 🐶

  • Usar o passado e contar histórias, porque quem conversa comigo pode pensar que minha vida acontece toda de uma vez, já que é normal usar mais o presente;

  • Os falsos cognatos (que não são amigos) acontece também no francês, e falei por muito tempo a palavra “pansement” para se referir a pensamento, até descobrir que na verdade significa “curativo/band-aid”. Pensamento é “pensée“. 😂


Uhuuuu, fui F..A quando…?


  • Consegui manter conversas com falantes nativos, mas meu maior orgulho foi ter conseguido ir ao médico. Durante a consulta, eu respondi e questionei tudo que era falado (não foi fácil, eu treinei o assunto antes rs);

  • Começei a pedir o que queria nos lugares, e não pedir o mesmo que os outros, porque antes era mais fácil e seguro. Agora posso escolher e perguntar sozinha se: il y a de l'oignon ? C’est possible de enlever? (não gosto de cebola e sempre peço pra tirar); 🫣

  • Escutar um “Je suis choqué“ de pessoas que me encontraram depois de um ano, e ficaram “chocados” com minha evolução.


Continuo na saga de…?


  • Participar, estudar e conduzir as imersões que sou Host com excelência. Preparar temas, estar imersiva e presente durante o ano;

  • Pronúncia: um dos maiores desafios, sigo na busca de soar mais natural, e não pronunciar todas as letras das palavras, principalmente as que terminam com T e  S;

  • O som do O com E, que ainda é desafiador, e que é tudo para dizer o básico no francês: J’ai e Je. Na teoria sabemos, mas isso aplica em muitas palavras no dia a dia, que eu preciso melhorar.


Um abraço para o coração…?


  • O aprendizado não é linear. Tem dias incríveis, em que tudo parece fluir e nasci uma francesinha, e outros em que eu sinto que esqueci tudo. Mas a beleza está justamente aí: na perseverança. Lembra da palavrinha de antes: persévérer;

  • Parar de misturar francês, com inglês, português e espanhol. O perrengue chique do poliglota é real, e sim normal, mas para o meu caso que trabalho com isso, quero aprimorar;

  • Cada pequeno avanço importa. Seguir em frente, celebrar suas conquistas e manter o foco no objetivo. Afinal, quem sabe onde estaremos daqui a oito meses? Eu já tenho a visão de onde vou chegar.

 

E você, vem comigo? Participe das imersões de Francês com flexibilidade de horários acessando talkntalk.com.br/ e escolhendo um plano.


On y va!

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